Aristotle Aristotle

Pequenino tratado sobre movimentos dos animais, traçando paralelos com o movimento da terra, a necessidade de partes imóveis para existirem partes móveis, e referências ou bases imóveis para a existência do movimento. Com isso, resvala aqui e ali no motor imóvel e levanta, mas dispensa a inquietante possibilidade da Terra, sendo finita, poder ser movida por algo mais forte que sua força para a imobilidade, sendo assim retirada do centro do universo. De toda forma, além de um ambiente ou objetos contrapostos imóveis, sob os quais se movem os animais, e articulações envolvendo partes fixas e móveis, há como origem do movimento, o desejo e a mente.… (mehr)

O mais clássico manual da arte de narrar histórias é uma leitura concisa e rápida, que aqui e ali revela seus pontos de alta influência na prática e teoria artística desde então. Na tragédia devemos dar ênfase à narração de uma ação unificada. Portanto, os personagens devem existir em função da ação; eles são meios de obtê-la e de construir uma trama com uma boa composição de ações. A poesia é mais universal que a história, pois esta última meramente mostra algo que aconteceu, sendo particular. A poesia busca o provável e o possível, sendo por isso mais filosófica, ao lidar com o que pode acontecer e não meramente com o circunstancial. Os poetas devem preferir o que é impossível mas verossimilhante ao que é plausível mas não convincente. O poeta pode se defender de algum deslize quanto à correta representação de algo dizendo que a apresenta como deveria ser e não como é. Entre outras pérolas da sabedoria antiga, tanto superada quanto presente.
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O jovem Aristóteles fornece um manual com itens diversos, começando com uma lista de relações semânticas e depois uma divisão ser em quatro - dito de outro (universais) ou não (particulares), presente em outro (acidente) ou não (essência), sendo as substâncias primárias os particulares essenciais, ontologicamente prioritárias. E quanto menos concreto, menos substancioso, o filósofo sendo anti-platônico nesse ponto. Aí fornece as categorias dos predicados na relação aos seus referentes, das quais não forma uma única geral, porque ela não se diferenciaria, o ser é dito de muitos modos, aparentemente 10: substância (que absorve os opostos), quantidade, qualidade, relatos a algo, espacialidade, temporalidade, posicionalidade, possessão, agir, ser agido. Cada uma se divide em tipos diferenciados por alguma diferença, e depois há uma lista de ideias de contrariedade -modos de oposição, prioridade, posterioridade, simultaneidade, mudança. E a impressão que tenho é como a de Kant, de que tudo parece uma tempestade de ideias que sistematiza os esforços não sistemáticos de se classificar algo. Talvez então, antes da possibilidade de desenvolver uma metafísica mais consistente e extensa.… (mehr)