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Lädt ... BECK:Mongolian Chop Squad Volume 1 (Beck: Mongolian Chop Squad (Graphic Novels))von Harold Sakuishi
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Gehört zur ReiheAuszeichnungen
Sakuishi's addictive manga series is now available in the U.S. Shy 14-year-old Yukio Tanaka's life is changed forever when he meets rocker Ryusuke Minami, an unpredictable 16-year-old with a cool dog named Beck. Full color. Rated for older teens. Keine Bibliotheksbeschreibungen gefunden. |
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Google Books — Lädt ... GenresMelvil Decimal System (DDC)741.5952The arts Graphic arts and decorative arts Drawing & drawings Cartoons, Caricatures, Comics Collections Asian JapaneseKlassifikation der Library of Congress [LCC] (USA)BewertungDurchschnitt:
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Beck de Harold Sakuichi é um mangá majoritariamente sobre música, mas que não se restringe à demografias ou gêneros específicos, e que — intencionalmente ou não — aos poucos se transforma em uma experiência nostálgica, real e irreal, de momentos e acontecimentos vividos e não vividos. Sua contraparte não vem dos mangás, e sim da literatura, onde algo parecido é visto — e experimentado — em Mate-me Por Favor, que reconta a história do Punk por meio dos próprios personagens que marcaram o gênero, e em Só Garotos, a biografia da artista multifacetada Patti Smith.
Em aspectos técnicos, nesses primeiros cinco volumes, Beck é bem abaixo do padrão, mas, se sustenta na miríade de emoções que a história desperta no leitor, que vão desde os espectros da raiva e do desespero à esperança e felicidade. Apesar de algumas falhas, a principal delas sendo o excesso de fanservice, o autor é muito bom quando o assunto é personagens; e são eles o destaque desses primeiros volumes.
Beck gira em torno da banda formada por Ryuusuke, e sua ascensão à fama; no entanto, é Koyuki que acompanhamos intimamente, e o foco é no garoto tentando descobrir sua voz — tanto literalmente quanto figuradamente — e seu valor através da música; seus problemas, sua fobia social, sua tentativa de aprender a tocar violão, e seus problemas com bullyng na escola. Enquanto, em paralelo, a música vai crescendo dentro dele, em um embate duro com a tristeza e a falta de auto-estima.
É por isso que digo Beck é algo muito mais que um simples mangá de música. O apoio, o carinho, e o humor que os integrantes da banda compartilham, te fazem sentir como parte de tudo aquilo. É um sentimento de nostalgia, misturado com otimismo e esperança, que apesar dos clichês, torna o todo algo extremamente valioso; é algo muito maior que o simples amor pela música, é o amor por através dela fazer e experienciar conexões transformadoras.
No primeiro volume, temos apenas um vislumbre de tudo isso. Mas já fica evidente a qualidade da caracterização dos personagens e a fácil identificação com eles. A arte é mediana, sem mudanças bruscas ao longo dessas primeiras edições, é cômica, utilizando bastante do exagero e de expressões faciais grotescas e cartunescas; mas em balanço, as páginas-duplas são feitas com esmero, belas e realistas, nos transportando para dentro do palco.
É pertinente fazer o questionamento sobre como algo sobre música daria certo em uma mídia que não possui áudio. E eu adianto a resposta, funciona excepcionalmente bem, e não por coincidência os shows são algumas das melhores partes do mangá.
No entanto, como é preciso muito do "feeling" para o mangá se sobressair, recomendo assistirem o anime de Beck, que esse sim tem o componente do áudio, e é uma ótima adaptação dos primeiros volumes (não se preocupem, ele não vai muito longe) , preparando habilmente o leitor para encarar o mangá.
Beck é uma peça única num mar de repetitivos slice of lifes e shounens genéricos de esporte — algo que só começou a mudar recentemente, quase 20 anos depois de seu lançamento; é quase impossível ele não lhe impulsionar a ouvir um som que você curte, ou até mesmo ficar tentado a aprender tocar algum instrumento — mesmo que apenas na sua imaginação — tamanha a quantidade de referências e amor pelo rock que o mangá transpira.
Beck é um grito mudo, ou o reverberar de uma guitarra silenciosa, que ainda ecoa pelas páginas preto e brancas, e na memória de todos aqueles que algum dia se conectaram com a história. Fica a recomendação! ( )