StartseiteGruppenForumMehrZeitgeist
Web-Site durchsuchen
Diese Seite verwendet Cookies für unsere Dienste, zur Verbesserung unserer Leistungen, für Analytik und (falls Sie nicht eingeloggt sind) für Werbung. Indem Sie LibraryThing nutzen, erklären Sie dass Sie unsere Nutzungsbedingungen und Datenschutzrichtlinie gelesen und verstanden haben. Die Nutzung unserer Webseite und Dienste unterliegt diesen Richtlinien und Geschäftsbedingungen.

Ergebnisse von Google Books

Auf ein Miniaturbild klicken, um zu Google Books zu gelangen.

Lädt ...

Pai Contra Mãe - Coleção Só Um Conto (Em Portuguese do Brasil)

von Machado Assis

MitgliederRezensionenBeliebtheitDurchschnittliche BewertungDiskussionen
215,284,872 (3)Keine
Kürzlich hinzugefügt vonRolandoSMedeiros, yhasmir
Keine
Lädt ...

Melde dich bei LibraryThing an um herauszufinden, ob du dieses Buch mögen würdest.

Keine aktuelle Diskussion zu diesem Buch.

Relido em 2022.

Li um ensaio curioso recentemente, do Augusto Fischer, que mostra — para mim, não havia nenhuma — semelhanças entre o Jorge Luis Borges e o Machado de Assis. Um dos pontos que toca, por alto, é que o Machado deixou para tratar da questão da escravidão só em seus anos mais maduros, e nomeia como exemplo este conto aqui, produzido na maturidade do Bruxo. Portanto, resolvi relê-lo.

Minha análise, da primeira vez que li, foi essa: "um conto essencialmente brasileiro, feito de imagens carregadas e justaposições fortes, que escancaram a hipocrisia nacional através da aproximação de um episódio de violência escravista que não recorre a um moralismo barato ou a um maniqueísmo infantil."

A primeira coisa que me saltou aos olhos, desta vez, foi o narrador. O onisciente clássico, quase intrometido, que reconta uma história que já sabe o seu final a nós; e, em destaque, a ambiguidade com que este narrador conta a história. Nas primeiras páginas, você fica em dúvida quanto ao tom com que ele trata a escravidão: "Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco", e um pouco mais a frente, é menos rijo, e mais irônico, te tonteando, no mesmo assunto: "Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada."

E isso julgo importante, pois tem relação com o cerne do conto, que é menos uma questão de escravidão do que uma questão de condição humana; retomando a resenha antiga, uma tentativa de sair do maniqueísmo e do moralismo infantil mesmo num assunto que ele (o Machado) parecia achar espinhoso.

Inicialmente, o Machado parece até divagar no relato histórico, mas vai aos poucos ligando os parágrafos iniciais com o ofício de Candinho, central ao conto; coloca, explicitamente, que não é um oficio puramente fruto da vileza, e sim da pobreza, da inaptidão daquele homem; no entanto, já ai, há a justaposição com a conclusão: se a profissão por si só, não representa a maldade de um homem, o ato final sim, onde não parece haver gota de arrependimento.

Mais duas camadas aí se empilham: a da família em primeiro lugar, que ainda é um assunto próximo de nós; e duas passagens do finalzinho do conto, que, propositalmente me auto-refutam, e mostram uma certa culpa no personagem, nas cenas ligeiramente anteriores e posteriores ao aborto da escrava: "— Você é que tem culpa. Quem lhe manda fazer filhos e fugir depois? perguntou Cândido Neves." Autoexplicativo, transferência de culpa, e o: " —Nem todas as crianças vingam, bateu-lhe o coração." especificamente a última parte, que não cravo que tenha a acepção que indico e nem um significado definitivo, mas mantenho aqui o destaque na maneira como ela é narrada, que é significativo para essa minha leitura.

Estes fatos, se não por si só já não lhe dão uma dose de maldade, ao menos tiram a auréola de homem ignorante que não sabe, a fundo, o que faz, ou que só vê a sua família em primeiro lugar, e nada mais. Tudo é mais complicado do que aparenta ser. Tudo é mais intricado do que aparenta inicialmente: a questão social, sobreposta pela questão psicológica do Cândido não se dar a ofícios seguros financeiramente, sobreposto ao nascimento do filho e o aperto da situação, que culmina neste vil final que bem conhecemos.

Em questões de linguagem, não achei o Machado aqui no seu melhor, ainda mais por ser um texto mais curto, onde, ao menos eu, nesses casos, espero mais apuro; em questão de prosa, certas vezes flui, e certas vezes trava; o enredo é funcional: Descrição do ambiente social do conto > Gancho com o ofício e vida do Cândido > O episódio central denso e veloz: nascimento, dificuldade e, conclusão, o aborto; a dicção, achei a parte mais problemática, senti bem repetitivo o vocabulário, principalmente quando narra a vida difícil da Tia, de Clara e de Candido, e também no final, parte central do conto, quando acontece o aborto. O impacto de uma primeira leitura, no entanto, ainda é fortíssimo.

Não concordo com quem julga o conto problemático quanto à questão da escravatura, acho-o intencionalmente ambíguo justamente pela questão do narrador, em certa medida irônico. Enfim, diminuo uma estrela, mas ainda assim é um bom conto; preciso reler também, o da Cigana, um dos meus favoritos de quando comecei a ler com mais afinco. Conclusão: bem, não há conclusão. Acho que disse tudo que tinha para dizer. ( )
  RolandoSMedeiros | Aug 1, 2023 |
keine Rezensionen | Rezension hinzufügen
Du musst dich einloggen, um "Wissenswertes" zu bearbeiten.
Weitere Hilfe gibt es auf der "Wissenswertes"-Hilfe-Seite.
Gebräuchlichster Titel
Originaltitel
Alternative Titel
Ursprüngliches Erscheinungsdatum
Figuren/Charaktere
Wichtige Schauplätze
Wichtige Ereignisse
Zugehörige Filme
Epigraph (Motto/Zitat)
Widmung
Erste Worte
Zitate
Letzte Worte
Hinweis zur Identitätsklärung
Verlagslektoren
Werbezitate von
Originalsprache
Anerkannter DDC/MDS
Anerkannter LCC

Literaturhinweise zu diesem Werk aus externen Quellen.

Wikipedia auf Englisch

Keine

Keine Bibliotheksbeschreibungen gefunden.

Buchbeschreibung
Zusammenfassung in Haiku-Form

Nachlassbibliothek: Machado de Assis

Machado de Assis hat eine Nachlassbibliothek. Nachlassbibliotheken sind persönliche Bibliotheken von berühmten Lesern, die von LibraryThing-Mitgliedern aus der Legacy Libraries-Gruppe erfasst werden.

Schau Machado de Assisdas Hinterlassenschaftsprofil an.

Schau dir Machado de Assiss Autoren-Seite an.

Aktuelle Diskussionen

Keine

Beliebte Umschlagbilder

Gespeicherte Links

Genres

Keine Genres

Bewertung

Durchschnitt: (3)
0.5
1
1.5
2
2.5
3 1
3.5
4
4.5
5

 

Über uns | Kontakt/Impressum | LibraryThing.com | Datenschutz/Nutzungsbedingungen | Hilfe/FAQs | Blog | LT-Shop | APIs | TinyCat | Nachlassbibliotheken | Vorab-Rezensenten | Wissenswertes | 206,355,335 Bücher! | Menüleiste: Immer sichtbar