Kimberly J. (Editor) Kreines

Em meio a saga de Sarkan para encontrar o dragão Ugin, perceber que este encontra-se morto, viajar no tempo, para salvá-lo, mudar o passado e transformar a paisagem de Tarkir, temos pequenas histórias sobre o mundo - os clãs sangrentos, as rivalidades perenes, os costumes massacrantes dos monges, a necessidade de rebeldia. De uma Tarkir sem dragões passamos a uma com dragões, mas a brutalidade é parecida; quando os humanoides não se subjugam, são os dragões que tomam conta. E apesar da absurda premissa (quando vc altera o passado, ainda assim seu presente contém os mesmos personagens, apenas em outras situações) e desfechos mal explicados (o despertar de Ugin), há algum charme nas historinhas, mas não sei se o suficiente pra vencer a brutalidade da lei do mais forte. (e ter tantos escritores contribuindo não parece ser uma boa opção)… (mehr)

Primeiro livro em Kaladesh, do jogo Magic the Gathering; segue duas andarilhas de comportamento adolescente, Nissa e Chandra, à terra natal da segunda, onde burocratas de coração frio disseminam a desigualdade social e prendem qualquer dissidente político. O plano da invenção é cheio de um éter que energiza máquinas steampunk, num clima indiano. Os andarilhos Vigias acabam recusando o pedido do burocrata mór, mas depois descobrem que este trabalha com um arqui-vilão, Tezzeret. A história sofre com os personagens rasos e soluções previsíveis e clichês. Ademais, a qualidade da escrita varia de autor para autor, cada qual responsável por um capítulo. De toda forma, é entretenimento leve, funciona pra ler antes de dormir, tal qual outros preferem ver TV. Dizem que a continuação é melhor, explorando a revolta dos renegados. Veremos...… (mehr)

Dentro do universo do Magic the Gathering, continuação de Kaladesh, em 9 capítulos, com a história prosseguindo sem grandes mudanças em relação ao livro anterior: Chandra continua uma adolescente impulsiva, saída de uma novela; suas ideias ridiculamente explosivas não me empolgaram. Senti que, mesmo em personagens que eram pra ser cativantes, como Yahenni e Kari Zevi, a adolescente pirata e seu macaco, faltou algum charme literário, a escrita ficou muito plana e simples (que ficam claros toda vez que Gideon, "o leal" conversa com alguém, ou quando Nissa mostra-se uma pessoa especialmente sensível). O que se extende também pra caracterização de Baral como o vilão, para a falta de explicação do porquê Tezzeret, 100% malévolo, poderia chegar ao poder e tratar todo mundo mal, inclusive o supostamente neutro Dovin. Pontos positivos - bem, é divertidinho, embora decepcionante. E não há nenhuma carta que seja especialmente bem representada.… (mehr)