Ettore Biocca (1912–2001)
Autor von Yanoama: The Narrative of a White Girl Kidnapped by Amazonian Indians
Über den Autor
Werke von Ettore Biocca
Yanoama: The Narrative of a White Girl Kidnapped by Amazonian Indians (1965) — Autor; Vorwort; Fotograf — 45 Exemplare
A estratégia dos torturadores- Oitenta, 4 1 Exemplar
Mondo Yanoama: appunti di un biologo 1 Exemplar
Yanoama tecniche vocali sciamanismo 1 Exemplar
Mondo Yanoama. Appunti di un biologo 1 Exemplar
Zugehörige Werke
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Wissenswertes
- Gebräuchlichste Namensform
- Biocca, Ettore
- Rechtmäßiger Name
- Biocca, Ettore
- Geburtstag
- 1912
- Todestag
- 2001
- Nationalität
- Italie
- Land (für Karte)
- Italie
- Berufe
- Médecin
Anthropologue
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Em 1937, Helena Valero, na época uma menina de doze anos, foi sequestrada em circunstâncias dramáticas pelos índios Yanomami, que habitavam as florestas localizadas entre o Rio Negro e o alto Orinoco.
Após vinte anos de cativeiro, ela conseguiu retornar à sua civilização natal, e sua história (registrada por um etnógrafo italiano) tornou-se um documento etnográfico e psicológico único. Até aquele momento, o homem civilizado não sabia praticamente nada sobre a vida dos Yanomami. Além disso, eles não queriam ter nenhum contato com o a civilização. Isolados pela mata virgem, viviam em uma realidade própria, "impermeável", perdida em um tempo que chamam de pré-histórico.
O único objeto que conheciam da nossa cultura era o facão que usavam para cortar ervas daninhas. Embora tivessem conseguido apoderar-se dele por meio do comércio esporádico ribeirinho, não tornou-se uma ferramenta de matança nas mãos dos índios, nem um símbolo maligno de uma cultura "superior". Os Yanomami já estavam se dizimando com através das suas próprias armas convencionais: porretes e as flechas envenenadas. E o fizeram com tanta eficácia que a fertilidade das mulheres não compensava a belicosidade dos homens.
Por que ocorriam essas guerras entre tribos, guerras sem começo nem fim? Bem, não se deviam a necessidades básicas: as tribos não tinham fome e tinham terras para caçar e materiais abundantes para construir. Mas ainda assim eles se matavam; pelo menos, essa foi a impressão que tive ao ler este livro incrível.
Um certo costume parece ser o culpado, um costume tão forte que substitui todos os outros costumes que essa cultura forjou para garantir sua sobrevivência contínua.
Desde a adolescência, os homens inalam ritualmente epená, um narcótico obtido de plantas locais. Sua fumaça estimula poderosamente a agressividade e, após uso prolongado, causa graves transtornos mentais.
As mulheres sabem que quando seus maridos, irmãos e filhos se reúnem para inalar epená, algo ruim acontecerá, pois sempre há um motivo para brigar depois de algumas boas inalações. É uma grande honra para os homens se tornarem Waiteri. Um Waiteri é aquele que consegue matar um homem que, por sua vez, já conseguiu matar outros homens antes. Desta forma, a ideia do cavaleiro errante se espalha por toda a comunidade. A existência de cavaleiros errantes é conhecida na nossa Idade Média, embora estes fossem sempre indivíduos que apenas procuravam preencher com algo o tédio entre as guerras. Em vez disso, todo índio Yanomami tinha que se tornar Waiteri, circunstância que colocava em questão o destino daquelas tribos.
As pessoas da tribo pareciam ter uma saúde paradisíaca; quase não havia doenças (eles viviam o suficiente para adoecer?). Será que estamos lidando com alguma forma de degeneração mental? Todos os caçadores-coletores pré-históricos eram governados por leis semelhantes? Então como eles sobreviveram? O que fez com que essas leis evoluíssem? As perguntas são ingênuas, mas diante de Sua Majestade a Antropologia prefiro não fingir saber o que não sei." — Projeto de Tradução Wislawa… (mehr)